O Dr. Filipe Cortes Figueiredo começa por explicar que o seu projeto de doutoramento resulta de uma colaboração entre o Charité – um dos maiores hospitais universitários de toda a Europa, sediado em Berlim – e o Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes”, com enfoque na “imunogenómica mitocondrial em doentes com esclerose múltipla em dois momentos de doença”, comparados posteriormente com pessoas saudáveis.
“Neste momento estamos ainda a fazer uma análise preliminar e devemos acabar até ao final deste ano”, explica o investigador, acrescentando que a equipa já chegou a algumas conclusões: “Conseguimos perceber que há algumas alterações específicas apenas em doentes com esclerose múltipla e que pessoas saudáveis não têm”.
Quando questionado sobre os temas que, na sua perspetiva, merecem destaque nesta 35.ª edição do ECTRIMS, o investigador refere remielinização no que toca à sua definição em termos de patologia e de análise anatomopatológica. “Ainda é um tópico pouco consensual”, acrescenta.
Outros dos assuntos relevantes para o Dr. Filipe Cortes-Figueiredo prende-se com “o uso de biomarcadores para acompanhar a neurodegeneração, nomeadamente os neurofilamentos”.